O dólar encerrou o dia em queda, a R$ 5,19, com a diminuição das tensões geopolíticas.
Teerã minimizou o incidente e indicou que não tinha intenções de retaliar.
O dólar reverteu os ganhos iniciais da abertura da sessão e fechou a sexta-feira (19) com uma queda de 0,96%, cotado a R$ 5,199 para compra e venda, em meio ao abrandamento das tensões geopolíticas.
A resposta de Israel veio dias após o Irã lançar um ataque sem precedentes contra Israel em retaliação a um suposto ataque israelense ao seu consulado na Síria. Apesar disso, o Irã minimizou o incidente e afirmou que não tinha planos de retaliar.
Contudo, para mitigar as perdas dos ativos de risco, Teerã minimizou o incidente e indicou que não tinha intenções de retaliação – uma resposta que parecia destinada a evitar uma escalada mais ampla de conflitos na região.
Qual a cotação do dólar hoje?
Dessa forma, o dólar comercial à vista encerrou com uma queda de 0,96%, sendo negociado a R$ 5,199 para compra e R$ 5,199 para venda. Na B3, o dólar futuro registrava uma queda de 0,77%, situando-se em 5.205 pontos.
Dólar comercial
- Venda: R$ 5,199
- Compra: R$ 5,199
- Mínima: R$ 5,186
- Máxima: R$ 5,277
Dólar turismo
- Venda: R$ 5,413
- Compra: R$ 5,233
O que está acontecendo com dólar?
No começo da sessão, as preocupações sobre um possível ataque de Israel ao Irã impulsionaram o dólar globalmente, com investidores buscando ativos mais seguros. Às 9h09, logo após a abertura, o dólar à vista atingiu o pico de R$ 5,2782 (+0,52%).
À medida que o impacto do ataque israelense diminuía, o dólar começava a perder força globalmente, inclusive no Brasil. Assim como no mercado de renda fixa, onde as taxas futuras de juros passaram por ajustes de baixa após os recentes ganhos substanciais, o dólar à vista mudou para o território negativo e intensificou suas perdas pelo restante da sessão.
Profissionais do mercado destacaram que era esperado que, após os movimentos excessivos recentes, o dólar passasse por um período de ajustes. No meio da tarde, por volta das 15h28, o dólar à vista atingiu a mínima de R$ 5,1858 (-1,24%).
Mais tarde, durante uma palestra em Nova York, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou a posição de que a autarquia deveria intervir no mercado de câmbio apenas em casos de disfuncionalidades, e não em resposta à alta das cotações.
“Se o câmbio está se valorizando porque as pessoas estão comprando dólar, deve ser porque as pessoas perceberam um risco maior. E você não quer que essa variável não reflita o risco”, afirmou.
Por fim, Campos Neto afirmou que o Brasil ainda depende do dólar, mesmo após o governo optar por reduzir sua dívida externa e compensar o aumento da dívida interna, movimento que ocorreu a partir do início dos anos 2000.
Ele explicou que parte dos detentores de títulos públicos brasileiros são estrangeiros que precisam vender dólares e comprar reais para realizar transações. Isso faz com que movimentos na curva de juros acabem impactando a demanda pelo dólar.
No exterior, o dólar mantinha-se em leve baixa em relação a uma cesta de moedas fortes e recuava em relação à maioria das outras moedas.
Às 17h10, o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana em relação a uma cesta de seis moedas – caiu 0,05%, para 106,120.
Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicionais oferecidos para rolagem dos vencimentos de julho.
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